Nossa Gaya tão doente...Reajamos à transformação macabra absurda em cemitério da nossa casa cósmica.O Tempo urge e está fikando diminuto - a onipresent death countdown aproaching... ( Yan )
Buscando a mim na infância....
Reminiscências à la Marcel Proust.... 06/10/2005 19:11
Título : Uma lição infantil de um poeta não gentil.
Autor : Yan Ayrton
Quando criança tinha
Tão longos cabelos
Que eram teimosos,soltos ao vento –
balançantes,corajosos,
a sair já bem livres
da minha cabeça Qual um pálido indiozinho
Lá correndo se indo
Cabelos de Yan criança
E bem resistentes
não importa
à pentes, tesouras
e assassinas vontades à qualquer mudança! :
- Deles eles me os tirarem ! -
Magrinho e altinho
Tão irriquieto
este Yan menininho
Tão curioso,meio bruxo
à caçar operoso
em tudo curioso e ávido
com sua vassoura -
feito pasta cigana
em andança e buscança
de fatos ,assuntos,
que brilhavam meus olhos :
Botá-los bem juntos,
com tesoura (esta do bem )
à mão,cola também,
e irremovível intenção,
na nova casa
do meu assim criado caderno
- confidente filial -
de tentar entendê-los,compreendê-los,
vivê-los
e tê-los então no meu pirralho coração...
(e ali bem mantê-los )
Batendo em meu peito
Em tudo desperto, precoce
Em ainda deserto
De saberes e sentires profundos
De coração repito,
lançado e aberto,
Aos mistérios dos adultos mundos...
Eu atrevia-me sempre
À fazer perguntas
Desconcertantes
Impertinentes
( Qrem ver?Para o festejado
Sisudo cônego Moreira-
Quem era a mulher de Caim? )
Recebia incontenti
Um avisante olhar fuzilante
A não + ousar tamanhaaudácia e asneira
a fazer corar
O Santo Ofício a lhe lembrar
Eficazes fogueiras
Silenciadoras destas inaceitáveis
Profanas e precoces besteiras!
Mas q coisa destoante,
Exasperante,
Tal garotinho ousado
desaforado assim -
Deixando impacientes e hostis
Adultos até cultos
Ciosos dos seus atributos
Mas q nada de si à
Querer dividir,expor,supor e se expor.
E à fikar em defensiva
Bastando perto de mim estar!
Pois bem!
Uma vez deparei
Com um escondido livro
Na estante impressionante
Do meu tio juiz
Que estava lá
Como a me fitar.
Ahh para q !!
Quase cai de duas cadeiras
Em desequilíbrio vertical
Em tombo-fiasco
Em tudo mortal
Mas o livro altaneiro
Me convidando a tê-lo
Desvandá-lo retê-lo
Em fechado mistério
Sério insinuante e total
E bem ali mesmo
Abri e o vi.
Era de Paulo Mendes Campos
Título bem curto: “Mudanças “
E na pagina ao akaso
Que os meus olhos alkimicos
Nada alheios escolheram
( Ou será q ela me escolheu?... )
Havia o seguinte verso manifesto
Provocante,soturno,
Sartreano,diverso,
Duro,intrigante, tremendo !
“Viver é colecionar ruínas” PMC
Que soco na alma !!!
Aquilo me impressionou,
Incomodou,assombrou
E pq não dizer
Até me indignou!
Afinal eu com os meus
Inquietos,travessos 9 anos
me sentia um habitante
De um futuro francamente melhor
Me assistia uma mente em sonhos
Tinha uma energia crente,moleque
Que não admitia um cinzento breque
Energia q me envolvia
Meio indestrutível
Em sólida confiança do Criar humano
E do teimoso,brioso
bem se superar
Gerar o novo e bem merecê-lo
Sem esperar solidão,desterro e Erro!
Em 9 agitados e infantis anos
Plantado num futuro alentado
Viajante no tempo
Meu ser em tudo sedento
receptivo à Vida e atento
Eu vivia em um mundo -
Remetido e tão mantido -
De sonhos,
De límpidos super-heróis,
Personagens meritórios mágicos
A brilhar em sagas e batalhas
De finais fenomenais....!
Paulo Mendes Campos
Que história sua seria essa
da Vida nos presentear RUÍNAS?
Hoje adulto forçado
Pelo Tempo sou
E percebo a vastidão
Daquilo que lá longe
Na minha infância resoou
Reverberou e marcou
Em fantástica concisão
Do eterno poeta mineiro!
//
A Vida ,a vivendo percebo
É um exercício por demais
Complexo de ajustamento
De Sonho,Dignidade e Sentimento!
De perseguimento de Justiça e Amor
do jeito mais candente que for!
//
E isso em tudo decisivo
Para o alento e fermento de viver
Pode malgrado,
Em futuro sangrado
Se dar num palco
Mutável,intolerante,
Desabável,
absurdo e I n t o l e r á v e l
//
Nos transferindo tensão,
Exasperação,ingratidão,
Frustração,desespero,
Ou destemperante discriminação,
Desolação e espantosa
E às vezes asfixiante e fatal Solidão!
//
Portanto as minhas certezas sólidas
De futuros lindos
Apenas ao Mérito Permitindo,
alimentando e o servindo
Já não existem mais.
//
Amuadas,violentadas
Estilhaçadas e quedadas
Em pedaços trágicos-lúcidos,
Convulsos em soluços
De RUÍNAS tão à alma ferinas!
//
Certezas outrora
Infalíveis Serenas e brilhantes
Bem inflamantes
Naquele coração perseverante
De um Yan infante
Futuro sagrado pelas estrelas
Cavaleiro errante
Que jura ao vê-las
No alto de si
À assim me velar e abençoar
//
Que bem lá nelas
Melhor vida irá existir.
//
Hoje assim tb há
Escombros de um cenário
Otimista,cor-de-rosa,
No âmago essencial de mim
//
Escancarando me
Demonstrando,emocionando-me
A genialidade sintética,
Bela e tão reta
Em tudo direita,densa e direta.
Não mais hermética
Daquele poeta.
////
A lição dele toda ilumina
Em argúcia e pessoal drama
Em parcimônia mineira
Universal se derrama
//
O palco sensível
Peregrinante do ser
Calou-me fundo
Falou-me tudo
//
e aquele Yan menino
De cabelos ao vento
E coração ao sol
Toda agora a sentindo -
aquela magna lição
em genial concisão -
///////
Neste 3º milênio
Fecundo e também imundo
Em tudo a vendo
Em vidas q tanto se transitam
Junto à sua.
///
Enternecido,sentindo-me às Xs frágil,
nesse tempo escuro
Onde terei q achar o meu futuro
//
O Yan Ayrton de agora
que ainda tem cabelos
E maiores sonhos ao vento
Em engajado alentado
À vida comprometimento
////////////////////
Percebe que a Poesia
Com Maestria
É a ciência q tudo ensina
E q psicanaliza,
Desvenda e conforta
A alma coletiva de uma Humanidade
Que ousa sentir o q seu coração quer lhe sentir. YAN AYRTON 05/10/2005.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê. ) Luis de Camões-
"Quando encontrar alguém
e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos,
preste atenção:
pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e,
neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles,
fique alerta:
pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d'água neste momento, perceba:
existe algo mágico entre vocês.
Se o 1º e o último pensamento do seu dia for essa pessoa,
se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça:
Algo do céu te mandou um presente divino: O AMOR"
Carlos Drummond de Andrade
Sabedoria a únika forma de se atingir a iluminação da Verdade ( Yan Ayrton )
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