quarta-feira, 20 de junho de 2007

Reminiscências mágicas maiores .....

foto recente de 3 meses atrás. Atrás do meu ombro direito, a revista VEJA edição n 2003 , de 7 de abril de 2007,com um casal de ursos polares e seu filhote em desespero trágico,vagando perplexos, náufragos num patético bloco de gelo derretendo,e o seu futuro idem- título da excelente [ e melancólica ] reportagem de capa " O ALERTA DOS POLOS" .
Nossa Gaya tão doente...Reajamos à transformação macabra absurda em cemitério da nossa casa cósmica.O Tempo urge e está fikando diminuto - a onipresent death countdown aproaching... ( Yan )


Buscando a mim na infância....

Reminiscências à la Marcel Proust.... 06/10/2005 19:11


Título : Uma lição infantil de um poeta não gentil.


Autor : Yan Ayrton


Quando criança tinha
Tão longos cabelos

Que eram teimosos,soltos ao vento –
balançantes,corajosos,
a sair já bem livres

da minha cabeça Qual um pálido indiozinho
Lá correndo se indo
Cabelos de Yan criança
E bem resistentes

não importa

à pentes, tesouras
e assassinas vontades à qualquer mudança! :

- Deles eles me os tirarem ! -

Magrinho e altinho
Tão irriquieto
este Yan menininho

Tão curioso,meio bruxo
à caçar operoso
em tudo curioso e ávido
com sua vassoura -
feito pasta cigana
em andança e buscança

de fatos ,assuntos,
que brilhavam meus olhos :

Botá-los bem juntos,
com tesoura (esta do bem )
à mão,cola também,
e irremovível intenção,
na nova casa
do meu assim criado caderno
- confidente filial -
de tentar entendê-los,compreendê-los,
vivê-los
e tê-los então no meu pirralho coração...

(e ali bem mantê-los )

Batendo em meu peito
Em tudo desperto, precoce
Em ainda deserto
De saberes e sentires profundos
De coração repito,
lançado e aberto,

Aos mistérios dos adultos mundos...


Eu atrevia-me sempre
À fazer perguntas
Desconcertantes
Impertinentes
( Qrem ver?Para o festejado
Sisudo cônego Moreira-
Quem era a mulher de Caim? )

Recebia incontenti
Um avisante olhar fuzilante
A não + ousar tamanhaaudácia e asneira
a fazer corar
O Santo Ofício a lhe lembrar
Eficazes fogueiras
Silenciadoras destas inaceitáveis
Profanas e precoces besteiras!

Mas q coisa destoante,
Exasperante,
Tal garotinho ousado
desaforado assim -

Deixando impacientes e hostis
Adultos até cultos
Ciosos dos seus atributos
Mas q nada de si à
Querer dividir,expor,supor e se expor.
E à fikar em defensiva
Bastando perto de mim estar!

Pois bem!

Uma vez deparei
Com um escondido livro
Na estante impressionante
Do meu tio juiz

Que estava lá
Como a me fitar.

Ahh para q !!
Quase cai de duas cadeiras
Em desequilíbrio vertical
Em tombo-fiasco
Em tudo mortal

Mas o livro altaneiro
Me convidando a tê-lo
Desvandá-lo retê-lo
Em fechado mistério
Sério insinuante e total

E bem ali mesmo
Abri e o vi.
Era de Paulo Mendes Campos
Título bem curto: “Mudanças “

E na pagina ao akaso
Que os meus olhos alkimicos
Nada alheios escolheram
( Ou será q ela me escolheu?... )

Havia o seguinte verso manifesto
Provocante,soturno,
Sartreano,diverso,
Duro,intrigante, tremendo !

“Viver é colecionar ruínas” PMC

Que soco na alma !!!

Aquilo me impressionou,
Incomodou,assombrou
E pq não dizer
Até me indignou!

Afinal eu com os meus
Inquietos,travessos 9 anos
me sentia um habitante
De um futuro francamente melhor

Me assistia uma mente em sonhos
Tinha uma energia crente,moleque
Que não admitia um cinzento breque

Energia q me envolvia
Meio indestrutível
Em sólida confiança do Criar humano

E do teimoso,brioso
bem se superar
Gerar o novo e bem merecê-lo
Sem esperar solidão,desterro e Erro!

Em 9 agitados e infantis anos
Plantado num futuro alentado
Viajante no tempo
Meu ser em tudo sedento
receptivo à Vida e atento

Eu vivia em um mundo -
Remetido e tão mantido -
De sonhos,
De límpidos super-heróis,
Personagens meritórios mágicos
A brilhar em sagas e batalhas
De finais fenomenais....!

Paulo Mendes Campos
Que história sua seria essa
da Vida nos presentear RUÍNAS?


Hoje adulto forçado
Pelo Tempo sou
E percebo a vastidão
Daquilo que lá longe

Na minha infância resoou

Reverberou e marcou

Em fantástica concisão

Do eterno poeta mineiro!

//

A Vida ,a vivendo percebo

É um exercício por demais

Complexo de ajustamento

De Sonho,Dignidade e Sentimento!

De perseguimento de Justiça e Amor

do jeito mais candente que for!

//

E isso em tudo decisivo

Para o alento e fermento de viver

Pode malgrado,

Em futuro sangrado

Se dar num palco

Mutável,intolerante,

Desabável,

absurdo e I n t o l e r á v e l

//

Nos transferindo tensão,

Exasperação,ingratidão,

Frustração,desespero,

Ou destemperante discriminação,

Desolação e espantosa

E às vezes asfixiante e fatal Solidão!

//

Portanto as minhas certezas sólidas

De futuros lindos

Apenas ao Mérito Permitindo,

alimentando e o servindo

Já não existem mais.

//

Amuadas,violentadas

Estilhaçadas e quedadas

Em pedaços trágicos-lúcidos,

Convulsos em soluços

De RUÍNAS tão à alma ferinas!

//

Certezas outrora

Infalíveis Serenas e brilhantes

Bem inflamantes

Naquele coração perseverante

De um Yan infante

Futuro sagrado pelas estrelas

Cavaleiro errante

Que jura ao vê-las

No alto de si

À assim me velar e abençoar

//

Que bem lá nelas

Melhor vida irá existir.

//

Hoje assim tb há

Escombros de um cenário

Otimista,cor-de-rosa,

No âmago essencial de mim

//

Escancarando me

Demonstrando,emocionando-me

A genialidade sintética,

Bela e tão reta

Em tudo direita,densa e direta.

Não mais hermética

Daquele poeta.

////

A lição dele toda ilumina

Em argúcia e pessoal drama

Em parcimônia mineira

Universal se derrama

//

O palco sensível

Peregrinante do ser

Calou-me fundo

Falou-me tudo

//

e aquele Yan menino

De cabelos ao vento

E coração ao sol

Toda agora a sentindo -

aquela magna lição

em genial concisão -

///////

Neste 3º milênio

Fecundo e também imundo

Em tudo a vendo

Em vidas q tanto se transitam

Junto à sua.

///

Enternecido,sentindo-me às Xs frágil,

nesse tempo escuro

Onde terei q achar o meu futuro

//

O Yan Ayrton de agora

que ainda tem cabelos

E maiores sonhos ao vento

Em engajado alentado

À vida comprometimento

////////////////////

Percebe que a Poesia

Com Maestria

É a ciência q tudo ensina

E q psicanaliza,

Desvenda e conforta

A alma coletiva de uma Humanidade

Que ousa sentir o q seu coração quer lhe sentir. YAN AYRTON 05/10/2005.

Mas, conquanto não pode haver desgosto

Onde esperança falta, lá me esconde

Amor um mal, que mata e não se vê;

Que dias há que na alma me tem posto

Um não sei quê, que nasce não sei onde,

Vem não sei como, e dói não sei porquê. ) Luis de Camões-


"Quando encontrar alguém

e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos,

preste atenção:

pode ser a pessoa mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e,

neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles,

fique alerta:

pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d'água neste momento, perceba:

existe algo mágico entre vocês.

Se o 1º e o último pensamento do seu dia for essa pessoa,

se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça:

Algo do céu te mandou um presente divino: O AMOR"
Carlos Drummond de Andrade



Sabedoria a únika forma de se atingir a iluminação da Verdade ( Yan Ayrton )

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