sábado, 28 de julho de 2007



Greenkid a nobre árvore que verga ao mais implacável vento das plurais injustiças do mundo, mas não se abate e quebra. Combate . Vence .E vencerá. Assim será.

Atendendo a um pedido do meu amigo de alma e caminhada Ivahn, que será um grande escritor - ( filósofo já o é com enorme brilhantismo ,densidade ,autenticidade e originalidade) que me incentivou para eu elaborar poeticamente sobre o tema solidão, uma hora depois eu tinha escrito o que se segue.Ele há menos de um mês atrás akbou de formar-se numa área de Comunicação Social num curso universitário que estava aquém do seu brilhantismo.Proferiu um bellíssimo discurso de formatura de uma exatidão cristalina que deveria reverberar, calar fundo, em uma certa praça de Brasília e tb no MEC. Obrigado combativo cidadão pleno, brasileiro não alienado. Ivahn , pelo estímulo e amizade que muito me acrescenta.Muitos de vc transformariam o Brasil rapidamente para a pátria dos nossos sonhos :


SOLIDÂO.Um intra-diálogo num divã.

Autor : Yan Ayrton


Solidão
vossa onipresente sombra
tolhe
acolhe e recolhe o meu ser
- em seu ser –

Reluto e aceito-te pois
esvai-me o sentido
dos triunfalistas -
dos habitantes dos palanques

das popularidadades fáceis e frivolidades idem


Com vc algo de mim desperta e sai
Buscando iguais improváveis
E aí infantes esperanças caem

E nirvanas se esvaem


E vc atenta
A tudo de mim.



Um gemido sentido irrompe
E interrompe a linearidade de tudo
Um incontido aí
Vai dialogando-te noite adentro
Sem fim
No limite de mim



Vc vira argamassa e cola
Só que em vão...

Pois o meu ser parte
Parte-se
Pedaço
Cansaço
Fracasso?
Não acho.



No quebra-cabeça que sou
Sobram ttas partes
Pedaços raros de mim
Que vc caprichosa limita e delimita



Mas aí
Vc assim bem quer
Sempre a mim junto a ti



no panteaosurrealista insensato
Na plenitude do destituído ser como já antevia Kirkieggard



Na periodicidade do não vir a ser
Em cada pedaço de mim



que deixou de ser
No vazio que quer crescer
eu estaco
me perco
e me acho



E não te satisfaço

Enquanto tudo
acontece
No que chamam vida lá fora.
YAN AYRTON


Do extraordinário muito precoce poeta português existencialista Flávio, o mais profundo da novíssima geração lusitana ultra-mar .( Ele akbou de fazer 20 anos ) .Eu transponho para aki 4 poemas intensamente reflexivos dele,do seu blog
( clike em cima do titulo para ir lá diretamente)
Akma et Akta
Onde os meus sentimentos deixam de ser só meus

O Autor
Flávio Pinheiro nasceu a 27 de Junho de 1987
na cidade de Torres Vedras, Portugal, aonde ainda reside.
Estuda Física na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Que belo talento o seu Flávio! Notável !!!O que eu puder fazer para te divulgar aki neste vasto Brasil ,[ que ainda lê muito pouko] eu Yan o farei .Vc pleno merece e como .

Vamos aos seus penetrantes, admiráveis quatro poemas que selecionei coerente com o tema de Ivahn o qual ele me instou e persuadiu escrever - A solidão - :

Tempestade

Sopra o vento,
escondem-se as estrelas
a lua.
Foge a esperança,
recordamos maus agoiros,
vivemos, e viveremos
mais uma tempestade
como se fosse a
primeira na esperança
de não ser a última.

Sentido por akma et akta

29/Jun/2006
Prolongamentos III

A vida passa,devagar
,numa amarga forma
de passar o tempo,
e com o fim do mundo mais perto,
esta sensação de
indiferença mantêm-se e consome-me,
e a maneira como sinto
é paradoxalmente
menos intensa.

E desprezo-me,e diminuo-me,
mesmo sabendo que
o fim está a chegar
e inevitavelmentechegará.

E continuo sereno
e indiferente
se esse dia chegará.

Belo ignorante
que para uns depreza
os prazeres da vida,
pensamento que ignoro
experimentar e porque talvez
este seja o destino de muitos.

Sentido por akma et akta

Prolongamentos I

Inglório
este esforço titânico

de tentar apagar os vestigios
de tão belo sentimento
do meu coração.

O dom que a vida me deu
de poder amar e ser amado,
por alguém,
terá agora de desvanecer.

Ho,
mas tantas e tão poucas
estas memórias que me
consomem com tão
grande sofrimento.

Não!
Sim!

A certeza deu lugar à indecisão.
Deixar de amar?
ou deixar este mau estar
causado por esta
tua implacável indiferença?

Ho,
pobre de mim
que sofro
como nunca sofri.

O amor que devia
dar razão à vida
mata-me sem dó.

Sentido por akma et akta

Fraco

Sou fraco.
A minha dependência
é o vicio descontrolado
na minha autodestruição
,que me tornar ainda mais fraco.

Fraco.
E se de tempos a tempos
um respirarde esperança
,como se de uma cura
se tratasse,aparec
emas que não ajuda

resulta em
mais um amigo perdido
e um inevitável retorno
a um principio,ainda mais fraco
por mais uma derrota
que carrego às costas.

Sinto-me assim cansado
e ansiando para que
isto termine,
ou pelo menos
deixe de ser errado.

Sentido por akma et akta

A SOLIDÃO. Douglas Lopes

Negra e sombria,

Uma verdade bem dura,,
Uma verdade bem fria.


A solidão também mata,

Fere, pisa e destrói,
Uma ferida que maltrata,
Uma ferida que dói.

É um pensamento que assusta,
É um medo que vive,
Uma doença que barafusta,
Uma doença que tive...

Tive, tenho e terei...

Pois nunca cura haverá,
Dela me escondo
e me esconderei,
Mas sempre ela me encontrará.

Quero continuar a viver,
A minha vida não é tão má,
Mas ela faz-me morrer

,É uma pedra que em mim há.

A solidão é essa pedra,
E é bem dura por sinal,
Eu bem que a tento destruir,
Mas fica sempre igual.

É semelhante a um fracasso
,É uma solidão relutante,E
tudo o que fiz e agora faço,
É no fim, fracassante...

Tanta tristeza me afunda,
No meu pranto de lágrimas mortas,

Deixa em mim essa mágua profunda,
De ter fechado todas as portas... ( Douglas Lopes )

Mis em : http://my.opera.com/falarapaz/blog/index.dml/tag/solidão

Segunda-feira, 25 de Junho de 2007. Cansei de solidão! Thays Lima

Cuidarei de mim para
que esta tristeza possa ter fim...
Cansei
Cansei
Não mais te procurarei!

Amizade entre nós só existe em meu coração...
Pra que insistir e sustentar tamanha ilusão
!Sofro com este sentimento sem solução...
Por isso procuro um abrigo em meio a solidão...

Não consigo
Não consigo
Te ver como a um irmão

Não quero mais teu perdão

Você é o meu olhar sem solução
Olhar este que está perdido
em meio a multidão

Não mais te procurarei

As portas do meu coraçao
novamente abrirei
E um fim nesta história
desta vez eu porei Thays Lima

Mis em : http://thays-lima.blogspot.com/2007/06/cansei-de-solido.html

A maior solidão é a do ser que não ama.

A maior solidão é a dor do ser que se ausenta,

que se defende,
que se fecha,
que se recusa a participar da vida humana.

A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo,
no absoluto de si mesmo,
o que não dá a quem pede

o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.

O maior solitário é o que tem medo de amar,
o que tem medo de ferir e ferir-se,
o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo.

Esse queima como uma lâmpada triste,
cujo reflexo entristece também tudo em torno.

Ele é a angústia do mundo que o reflete.
Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção,
as que são o patrimônio de todos,

e, encerrado em seu duro privilégio,
semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre. Vinicius de Moraes

"Há alturas na vida em que não conseguimos chorar, falar, exprimir, pôr-nos de pé. Nestes instantes, precisamos de alguém que chore por nós." ( Yan Ay )

Solidão não é a falta de alguém para conversar, namorar, passear ou amar…
Isso é carência!

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que jamais poderão voltar...
Isso é saudade!

Solidão não é o retiro voluntário a que nos impomos, às vezes, para realinhar pensamentos

Isso é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe, compulsivamente, para que revejamos a nossa vida…
Isso é um princípio da natureza!

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado…
Isso é circunstância!

Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos

e procuramos em vão pela nossa Alma!

As observações e as vivências do solitário que só fala consigo próprio são simultaneamente mais indistintas e intensas do que as do homem social e os seus pensamentos são mais graves, mais fantasiosos e nunca sem uma coloração de melancolia. Imagens e impressões que outros poriam naturalmente de lado após um olhar, um sorriso, um comentário, ocupam-no mais do que é devido, tornam-se profundas no silêncio, ganham significado, transformam-se em acontecimento, aventura, emoção. A solidão cria o original, o belo ousado e estranho cria a poesia. Mas cria também o distorcido, o desproporcionado, o absurdo e o proibido. Thomas Mann, in "Morte em Veneza"

Para o maior exemplo de vida que eu conheci, a minha avó Rosa ,uma iluminada de Deus, que tto foi Ele em ação – faz , já 15 anos que ela me deixou.

uma feliz e delicada, dedicada homenagem : a penúltima casa onde ela morou mais de 20 anos ( era de meus pais, e agora é da minha irmã ) tem o interior com a cor do seu belo nome.





Foto de hoje ,sábado na hora do almoço com a minha qrida amiga Aloísia ( de um coração admirável ,é tb a melhor cozinheira que eu conheço...)

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