A 13 de Junho de 1888, às 3h20 da tarde, no quarto andar esquerdo do n.º 4 do Largo de São Carlos, em frente da ópera de Lisboa,
Fernando Pessoa
Nascimento:1888 Lisboa
Morte:1935
Época:Modernismo
País:Portugal
Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888 — Lisboa, 30 de Novembro de 1935), mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor português.
É considerado um dos maiores poetas de língua portuguesa tendo seu valor comparado ao de Camões.
O crítico literário Harold Bloom considerou-o, ao lado de Pablo Neruda, o mais representativo poeta do século XX.
Por ter vivido a maior parte de sua juventude na África do Sul, a língua inglesa também possui destaque em sua vida, com Pessoa traduzindo, escrevendo, trabalhando e estudando no idioma.
Teve uma vida discreta, em que atuou no jornalismo, na publicidade, no comércio e, principalmente, na literatura, onde desdobrou-se em várias outras personalidades conhecidas como heterônimos.
A figura enigmática em que se tornou movimenta grande parte dos estudos sobre sua vida e obra, além do fato de ser o maior autor da heteronímia.
Morre de problemas hepáticos aos 47 anos na mesma cidade onde nascera,
tendo sua última frase sido escrita na língua inglesa: "I know not what tomorrow will bring... ".
( eu não sei o que o amanhã me trará )
Fernando Pessoa escreveu este poema pensando em alguém. Quem sabe este alguém não é vc ?
Para onde vai a minha vida, e quem a leva?
Por que faço eu sempre o que não queria?
Que destino contínuo se passa em mim na treva?
Que parte de mim, que eu desconheço, é que me guia?
O meu destino tem um sentido e tem um jeito,
A minha vida segue uma rota e uma escala
Mas o consciente de mim é o esboço imperfeito
Daquilo que faço e sou: não me iguala
Não me compreendo nem no que,
compreeendendo, faço.
Não atinjo o fim ao que faço
pensando num fim.
É diferente do que é o prazer
ou a dor que abraço.
Passo, mas comigo não passa
um eu que há em mim.
Quem sou, senhor,
na tua treva e no teu fumo?
Além da minha alma,
que outra alma há na minha?
Por que me destes o sentimento de um rumo,
Se o rumo que busco não busco,
se em mim nada caminha
Senão com um uso não
meu dos meus passos, senão
Com um destino escondido de mim nos meus atos?
Para que sou consciente se a consciência é uma ilusão?
Que sou entre quê e os fatos?
Fechai-me os olhos,
toldai-me a vista da alma!Ó ilusões!
Se eu nada sei de mim e da vida,
Ao menos eu goze esse nada, sem fé,
mas com calma,
Ao menos durma viver, como uma praia esquecida..." Fernando Pessoa(1888-1935)
Fernando Pessoa de tanto ser, só tinha alma.
E na dúvida profunda, se perguntava: Fui eu?
E ele mesmo respondia: Deus sabe, porque o escreveu.
Não sei quantas almas tenho
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
//
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
//
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
//
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
//
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
//
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu. Fernando Pessoa ( 1888-1935 )
Mais fotos bem raras de Fernando Pessoa emwww.insite.com.br/art/pessoa/misc/foto01.html
fernando-pessoa.com/index.html
Para vcs aki :
MUDANÇA >>Yan Ay
Amanhã
Não acordarão restos de trevas em mim
Descobrirei pássaros a cantar em meus olhos
E voaremos descalços em cada alvorada
*
Amanhã
Não me permitirei a couraça da solidão
Nem enclausurarei palavras estéreis em meu coração
Darei guarida ao vento,
espalhando sem pejo meus sonhos
*
Amanhã
Não esperarei o tempo escorrer em meus dedos
Nem entre novelos tecerei tristezas e lágrimas
Pintarei de arco-íris a aquarela que aguarda em meu peito.
*
Amanhã
Não deixarei que semeiem pântanos ao meu redor
Nem quefossos me distanciem dos meus desejos
Sempre haverá uma primavera desabrochando em mim
*
Amanhã
Não naufragarei minhas esperanças e alegrias
Na letargia afônica das minhas mãos
Navegarei sem temor pelos oceanos das oportunidades
Esgrimirei gentil com as possibilidades
*
Amanhã
Não confiarei apenas ao destino meus sorrisos
Nem permitirei q meus lábios emudeçam krinhos
Engravidarei do sol ,iluminando o ventre do mundo
*
Hoje
o meu amigo de ttos anos João Batista .A minha prima 'coloriu a foto e o meu rosto de vermelho por artes virtuais do computador .De vermelho ao branco via iluminação exagerada
um lugar extraordinário que tem a melhor casa de ópera do mundo- adivinhem onde ?
amigo cósmico Fernando Pessoa ,o seu ser todo ressoa em mim ( Yan Ay )
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